Kloster Eberbach

Hoje vou falar, para você, sobre o Mosteiro de Eberbach, uma antiga abadia cisterciense nas proximidades de Eltville, em Rheingau, Alemanha. Criado em 1136, por monges cisterciences, já foi a maior vinícola do mundo, e ainda produz vinhos. 

Abriga também um hotel, um museu, um centro de degustações de vinhos e, ficou mundialmente famoso, após ser palco da filmagem de parte do filme “O nome da Rosa”.

Contudo, para você compreender o motivo dessa mistura de vinhos, e mosteiros, é preciso viajar um pouco no tempo e entender o importante papel que desempenhou a Igreja Católica durante o período medieval.

A Igreja católica e os vinhos:


O vinho é uma bebida milenar e que esteve muito associado às antigas culturas, como a egípcia, a grega e a romana. Esteve ainda presente nas religiões, tendo sido citado 155 vezes no Antigo Testamento e 10 vezes no Novo Testamento. No cristianismo, representa o Sangue de Cristo e faz parte do sacramento da eucaristia.

O Império Romano, com sua estratégia militar, disseminou a cultura do vinho para as regiões por eles conquistadas. Fazia isso levando mudas das videiras para plantio e  transmitindo as técnicas de vinificação. Próximo da queda do império romano, Constantino, seu último imperador, se converte ao Cristianismo, auxiliando posteriormente na criação do que viria a ser a Igreja Católica Apostólica Romana. Essa instituição, por meio das missões religiosas, irá expandir seu domínio religioso e levar os vinhos para todos os cantos. 

Nos mosteiros, os monges, passam a ser os responsáveis pelo cultivo das uvas e pela fabricação de vinhos, inclusive aperfeiçoando as técnicas de vinificação. A produção era primeiramente destinada às atividades religiosas, sendo o excedente comercializado. O vinho tinha um caráter divino quando era destinado a consagração da eucarístia. Fora dela, era uma bebida que todos poderiam beber.

O Mosteiro de Eberbach:

Kloster Eberbach, famoso pelos vinhos, foi um dos mosteiros mais antigos e importantes da Alemanha. Viveu uma longa história política (de vitórias e derrotas) e controlava todos os demais mosteiros da região. 

Foi proprietário de extensas propriedades vinícolas e outros bens agrícolas, recebidos por meio de doações. Nos estreitos vales laterais do Rio Reno, os monges construíram ou adquiriram vários moinhos e regularam os riachos para operá-los.

Foi significativa sua importância na expansão das áreas de vinhedos na região de Rheingau e no Vale do Médio Reno. 

O nome da Rosa:

O Nome da Rosa é um romance de 1980, de Umberto ECO, italiano e professor da Universidade de Bolonha, que em 1986, foi adaptado ao cinema, e dirigido por Jean-Jacques Annaud.

Conta a história de um frade franciscano chamado Guilherme de Baskerville, no ano de 1327, quando ele visita um mosteiro beneditino no norte da Itália para participar de uma disputa teológica. Logo, alguns dos monges do mosteiro começam a morrer de formas misteriosas, e o monge e seu ajudante tentam descobrir o que está acontecendo. O mistério inclui símbolos secretos, um livro perdido de Aristóteles e uma biblioteca que também é um labirinto.

É um ótimo filme, sendo que o Mosteiro de Eberbach, por ser um dos mosteiros medievais mais preservados da Alemanha, àquela época, foi utilizado para a gravação de várias das cenas do filme. 

Se você gostou  da matéria e quer saber mais sobre esse e outros temas, é só me seguir nesse Blog. 

Clique aqui   e até breve!




Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Provence

O Palácio dos Papas em Avignon