O Vinho e o Poder
Começo a escrever sobre esse tema atendendo a um pedido dos amigos da Associação Brasileira dos Profissionais de Coaching (Abrapcoaching), que é uma instituição sem fins lucrativos, com foco na atuação e no fortalecimento do profissional de coaching, e para a qual eu tive o privilégio de conduzir um workshop sobre vinhos no último mês de junho.
Particularmente entendo que vinhos devem ser apreciados e bebidos. Não precisam ser tão discutidos. Acho também que devemos escrever sobre eles com simplicidade e sem complicações.
Mas esse tema merece uma profunda reflexão. Pense no que uma bebida tão agradável teria a ver com poder. Tudo e nada, não é mesmo?
Mas, vamos em frente…
Cultura e berço das civilizações:

A origem do vinho está extremamente ligada com a história da própria humanidade. Esteve diretamente relacionado no desenvolvimento das sociedades, na guerras pelo poder, nas festividades, na cultura das civilizações. Diz a lenda que Noé, ao sair de sua arca, plantou a primeira videira. Na História os povos egípicios, gregos e romanos são exemplos marcantes da presença do vinho em suas culturas.
O vinho e a igreja católica:

Á época de Cristo a região do mediterrâneo era um grande vinhedo. Nas bodas de Canaã Jesus transformou a água em vinho. Na Santa Ceia serviu pão e vinho aos apóstolos tornando-os símbolos da eucaristia. Desde então o vinho é utilizado nas liturgias do catolicismo e isso fez com que a igreja católica fosse a grande responsável pela continuidade e pelo desenvolvimento da produção de vinhos desde a queda do império romando até o fim da idade média.
Os benefícios do vinho para a saúde:

Não é de hoje que o homem reconhece as qualidades físicas e espirituais do vinho. Essa máxima foi escrita por ninguém menos que o sábio rei Salomão, no livro dos Provérbios, e já dá conta de que a bebida não somente é capaz de curar o corpo, mas também a alma. Mais adiante, na mesma Bíblia, porém no livro do Eclesiástico, escreve-se: “O vinho, bebido moderadamente, é a alegria da alma e do coração. A sobriedade no beber é a saúde da alma e do corpo”.
Foram necessários mais de 2.000 anos para que a ciência enfim comprovasse o que a sabedoria popular já pregava há séculos e que hoje não dá margem a dúvidas: o consumo moderado do vinho contribui para a saúde humana. Graças à combinação de polifenóis, presentes na bebida, as mais diversas áreas do organismo são afetadas de forma benéfica, auxiliando coração, fígado, sistema nervoso, dentre outros.
O Vinho e as Guerras:

Esse assunto foi objeto de um livro cujo título é “Vinho e Guerra” e cuja narrativa, de tirar o fôlego, menciona a saga de tradicionais famílias de vinicultores franceses que impediram os nazistas de roubar um de seus símbolos mais genuínos: o vinho. Usando de incríveis artimanhas — como a construção de paredes com teias de aranha para esconder safras preciosas, sabotagem de trens que transportavam vinho para a Alemanha —, os produtores de vinho formaram uma espécie de resistência paralela afim de proteger a economia da França e preservar um de seus prazeres mais inebriantes e diletos.
Conceito de Poder:

Mas e Poder. O que seria? O termo deriva do latim possum e significa ser capaz de, e é uma palavra que pode ser aplicada em diversas áreas. Na sociologia, é a habilidade de impor a sua vontade sobre os outros, sendo que existem diversos tipos de poder: o poder social, o poder econômico, o poder militar, o poder político, entre outros. Isso se analisado isoladamente, pois acredito que a versão mais simples de poder seja a capacidade que temos de influenciar pessoas. Para citar apenas dois exemplos eu escolheria Jesus, que usou essa habilidade para o bem, e Hitler que a usou para o mal.
Citações:

François Rabelais, escritor, padre e médico francês do Renascimento, dizia “o vinho tem o poder de encher a alma de toda a verdade, de todo o saber e filosofia”.
São Tomás de Aquino afirmou que “o sofrimento pode ser aliviado com uma boa noite de sono, um banho e uma taça de um bom vinho”.
Em citação bíblica temos a frase “dai a bebida forte àquele que desfalece e o vinho àquele que tem amargura no coração: que ele beba e esquecerá a sua miséria e já não se lembrará de suas mágoas”.
De fato, tudo isso é poder. Daí talvez possamos tirar por conclusão o grande poder do vinho, que antes mesmo de suas qualidades medicinais, talvez sejam as suas “benesses espirituais”. O real e verdadeiro efeito da bebida que aquece os corações, solta a língua, torna o homem mais amável, e é louvado não somente na Bíblia, mas nos mais diversos escritos de todas as civilizações: da antiguidade até os nossos dias.
Concluindo:
Concordam que, se há de fato poder da bebida, este poder seria o de reunir pessoas, fazer novas amizades, alegrar ambientes, aliviar a alma e promover um amplo convívio social? Saúde!
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